A obra da instituição atenderá a 120 crianças, das quais metade serão filhos de funcionários da Carris, maior e mais antiga empresa de transporte coletivo da cidade.
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O diferencial da arquitetura é justamente os parâmetros sustentáveis empregados, que unem, segundo Fabiano Soares, arquiteto da Smed, cinco conceitos: implantação adequada ao terreno, conforto visual e térmico, iluminação natural e acústica. Tais quesitos, obtidos de forma natural, sem necessidade de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores, explorarão ao máximo a iluminação e a ventilação natural, por exemplo.
Segundo ele, o objetivo é que o prédio não seja apenas o local onde as crianças tenham aulas. "Procuramos fazer um tripé, a relação da criança com o educador e com o local", explica. A partir de então, os pequenos, desde cedo, desenvolverão ideias relacionadas à educação ambiental. Tudo parte de diretrizes sustentáveis que, com estratégias como utilização de águas pluviais, reaproveitamento de águas cinzas – oriundas de torneiras e da cozinha –, uso de placas solares para o aquecimento de água e a cobertura vegetal, contribuem para a melhora do microclima local.
O aspecto econômico é outro ponto abordado: a iluminação natural garantirá economia e a posição dos brises permitirá a entrada do sol durante o inverno e o sombreamento no verão. O resultado será o conforto térmico e a diminuição do uso da iluminação artificial. O aquecimento da água será por meio de placas solares, e a cobertura terá forração vegetal, o que gerará conforto térmico e economia de energia de até 50%. Está prevista, também, a absorção de águas da chuva, que poderá atingir até 70%, diminuindo a erosão do solo e os alagamentos, comuns, em especial, no inverno. Com relação às águas, as pluviais serão destinadas à lavagem e à irrigação, e as cinzas reutilizadas nos vasos sanitários. O acabamento utilizará tinta à base de água, não-tóxica. As pessoas com necessidades foram contempladas dentro das especificações legais, no elevador e nos sanitários de acessibilidade universal.
Além das características favoráveis à natureza, o arquiteto busca a abordagem do lúdico. "Andando pela Carris, tive a ideia de utilizar também materiais de ônibus sucateados." Assim, serão usados corrimões de ônibus, que iriam para o lixo, como corrimãos de escadas. Outra inovação é colocar uma roleta de ônibus em frente à creche, como brinquedo. "Pretendemos com este projeto ampliar a discussão e acima de tudo beneficiar nossos principais usuários: as crianças do município de Porto Alegre, pois serão elas que aprenderão e divulgarão os ensinamentos aos seus pais, amigos e parentes, criando desta forma uma corrente ligada a educação ambiental com alcance inimaginável", finaliza o arquiteto.
Fonte: Redimob
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