Setor da construção civil já se preocupa com a falta de espaço para os veículos e estuda soluções.
Um dos maiores gargalos e também um dos principais focos de discussão em Fortaleza, o crescimento acentuado de automóveis no trânsito já começa a interferir diretamente em outro segmento da Cidade: o imobiliário. Com a demanda por vagas de estacionamento tanto nos condomínios quanto nos prédios comerciais em ascensão, construtoras e empresas de locação já admitem aumentar o número de produtos voltados para satisfazer essa carência. Nesse contexto, os bairros nobres são os que mais demandam empreendimentos desse tipo.
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"E é sobre isso que devem ser destinado os trabalhos. A pauta de trânsito é emergencial na nossa cidade e precisa ser tratada logo, ainda mais em um ano de eleição", observou.
Perfil define preços
Sobre os preços de unidades com maior quantidade de vagas, o diretor da Luciano Cavalcante Imóveis, Luciano Neto, observa que o valor segue um perfil de clientes e não tem o estacionamento como determinante.
Segundo ele, o tamanho do apartamento, por exemplo, já define quantas vagas o proprietário poderá usufruir.
"Se eu tiver um produto de 200 m² com apenas duas vagas, posso até cobrar 20% abaixo do mercado que eu vou ter dificuldade de vender. Do mesmo jeito que um de 50 m² e quatro vagas", exemplificou Claus Duarte, da CRD Engenharia.
De acordo com os empresários, a partir de 60 m², o mercado local já destina duas vagas para o apartamento, enquanto menores têm apenas uma. Na prática, é o tamanho da família e, principalmente, o poder aquisitivo que determinará a área ocupada para moradia e também as vagas na garagem.
Soluções alternativas
A preocupação com os locais destinados aos estacionamentos, inclusive, já começa desde o planejamento do prédio, e as construtoras, segundo contou o presidente da Coopercon, têm à disposição soluções já em uso atualmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
"Lá, eles já possuem um esquema de rodízio de vagas, o qual, na verdade, funciona com um manobrista dentro do prédio ou condomínio que leva os carros para colocar na garagem", disse.
De acordo com ele, a intenção de soluções como está visa otimizar o espaço das vagas. No entanto, Marcos acredita que falta vencer uma "barreira cultural", pois "o hábito cearense ainda é de querer saber quantas e quais são as vaga que possui".
Claus Duarte também defende a preocupação com os estacionamentos, mas ressaltou que soluções como o rodízio de vagas ainda são pontuais e devem custar um tempo para chegar à Capital cearense.
"Aqui ainda é uma coisa muito incipiente, embora possa acontecer pontualmente. Mas ainda é possível fazer todos os estacionamentos em subsolos", afirma o empresário do setor de construção civil no Ceará.
Tecnologia
Outras alternativas para o problema mencionadas pelo presidente da Coopercon referem-se ao uso de tecnologia de ponta. Em visita a Coreia do Sul em uma missão do setor, ele conta sobre o uso de vagas de dois andares como elevadores que "são mais viáveis que construir mais andares subsolos". "Conhecemos também nessa viagem as garagens automáticas desenvolvidas pela Hyundai. É a chamada solução de caixa onde o carro é colocado em um trilho e estacionado pelo aparelho e em uma velocidade bem rápida", detalha Marcos Novaes.
Comércio de locação
A demanda por vagas também vem interferindo diretamente no preço dos imóveis, sejam de morada ou de comércio, segundo a diretora comercial da Associação das Administradoras de Imóveis no Ceará (Aadic-CE), Lídia Hiluy. Mesmo com elementos importantes como localização, serviços próximos, dentre outros, ela garante que "a quantidade de vagas de garagem é também percebida hoje como item importante a ser considerado na formação de preço".
Fonte: Redimob
Fonte: Redimob
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