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Mas quem é brasileiro de carteirinha, é de samba, afinal, como já dizia Dorival Caymi: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é…ou é ruim da cabeça, ou doente do pé!”
Em suas diversas ramificações, o samba se impôs como marca do país no exterior, foi desenhado, moldado e lapidado por grandes instrumentistas primordiais, em casas de pessoas negras, e também brancas. Como bem lembrou Dicró: ‘branco pobre também é preto!”
Foi com eles, com essa gente mal vista, que o ritmo nacional desmembrou-se do maxixe, recolheu a percussão dos ogans, temperou a levada com conteúdos de jongo, de umbigadas, de roçar de pele…Surge o teatro mágico do carnaval.
O samba nasceu no reduto dessa raça perseguida pela sociedade, daqueles que viam no adepto do novo gênero que surgia nos anos 20, nada mais que malandros e prostitutas.E esse termo ‘malandro’ ficou…sambista gosta de ser chamado assim, pois malandro de fé não leva embrulho, nem desaforo. Melhor ser malandro da canção e esperto nas reviravoltas que o mundo dá, do que ostentar vida de bacana à custo da exploração dos vícios humanos.O samba definhou várias vezes, mas não morreu. Desde o início, nos terreiros da baiana Tia Ciata, no bairro Catumbi, no Rio, até os dias atuais, há sempre um batuque de quintal, um cavaco dolente, um violão sete cordas arredondando o compasso, um tamborim ardente, uma mulata no passo, um pé-de-valsa no salão, um amor que nasce quente. Isso é o samba! É tesão! E nas rodas, no pagode de mesa, no partido alto, no churrasco de domingo ou na feijoada da agremiação, é ele quem dirige os ânimos, quem dá o toque de magia na reunião da fina flor da nata. Claro, é essa gente que já nasceu swingando, foi produzida assim mesmo, inseminada no balanço.
Um salve a quem é de sambar! Ser feliz é uma escolha pessoal, não depende de dinheiro!
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