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Segundo o ministro Márcio Fortes, a meta tende a ser superada até o fim do ano, visto que 1,2 milhão de projetos foram apresentados.Contudo, o governo deverá entregar apenas 28% das unidades até dezembro, ou 280 mil habitações construídas.
"O programa reduziu a burocracia e o tempo de processamento dos projetos, mas muita coisa acaba atrapalhando o andamento das obras, como licitações ambientais e gargalos do próprio setor de construção.
Quando uma obra é entregue no tempo que as construtoras prometem?", justifica Fortes.O ministro explica que parte do problema está sendo resolvida aos pouco, conforme o setor privado se ajusta às necessidades .
"Os recursos estão disponíveis, mas as empresas precisam apresentar projetos. Levou um certo tempo para que o mercado se adaptasse à nova demanda, mas a tendência é acelerar, agora que as empresas já conhecem o modelo, ajustaram preços e mão-de-obra", analisa.
Para tentar minimizar críticas quanto à demora na entrega das habitações - assunto que virou pauta de campanha eleitoral este ano -, o governo pretende reduzir o tempo de construção das habitações dos atuais 36meses para 15.A logística, porém, ainda é um desafio. "O acesso ao interior do país é muito complicado e requer preparo extra das empresas", explica Fortes. Nesse sentido, regiões de difícil acesso - e desafiadoras quanto aos conhecidos gargalos de infraestrutura do país - manteve o déficit habitacional elevado, diferentemente do que aconteceu com o resto do país, onde foi registrada queda de 7,6% (leia matéria ao lado). O destaque vai para a região Centro-Oeste, que teve sua participação no déficit elevada de 6,9%para 7,5%em doze meses, segundo dados do Fundação João Pinheiro, divulgados em 2009. Já no Nordeste, o déficit foi de34%para 35%.
"Para avançar na redução do déficit com a construção de mais casas é preciso resolver sérios gargalos do país, como saneamento e distribuição de água e energia", pondera a analista de construção civil e sócia da consultoria Tendências, Amaryllis Romão. "O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dava a entender que os projetos de infraestrutura seriam desenvolvidos simultaneamente, mas há muito o que avançar para otimizar o Minha Casa Minha Vida", completa.Por problemas relacionados à infraestrutura, o setor chegou sofrer escassez de suprimentos. "Faltou material em algumas regiões, como no Nordeste e Centro- Oeste, principalmente cimento", afirma Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). "Dependemos muito de logística e as empresas estão aprendendo aos poucos a driblar isso", diz.
Segundo Melvyn, o setor trabalha atualmente com 87% de sua capacidade instalada. "É preocupante, mas não teremos um 'apagão' de construção. O setor está investindo e até projeta faturamento 15% maior para este ano."
PALAVRA-CHAVE
Déficit habitacional no Brasil
O déficit habitacional do país é estimado hoje em 5,57 milhões de domicílios. Quatro itens compõem este cálculo de demanda: habitações precárias, coabitação familiar, gastos excessivos com aluguel (superior a 30% da renda) e número elevado de pessoas no mesmo domicílio (mais de três pessoas dividem um só dormitório).
CHAVE NA MÃO 170 mil unidades foram entregues até o momento, segundo levantamento do Ministério das Cidades.A estimativa é chegar a 280 mil até dezembro deste ano.
SUBSÍDIOS 412,3 mil unidades contratadas até outubro foram em municípios com menos de 50 mil habitantes.As habitações foram construídas apenas com subsídios do governo.
BAIXA RENDA 387 mil unidades foram contratadas até outubro para famílias com renda mensal de até três salários mínimos.
CLASSE MÉDIA 215 mil moradias foram contratadas para famílias com renda mensal de três a seis salários mínimos.
Fonte: Brasil Econômico
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