Por parte da CAIXA, estiveram presentes o superintendente regional, Valter Nunes, o superintendente regional em Santana, Augusto Bandeira Vargas, o gerente regional da Construção Civil, Nédio Henrique Rosseli Filho e o gerente nacional de Habitação/Matriz, Carlos Vieira.
O Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades foi representado pela diretora Marta Garske, e a reunião foi também prestigiada por conselheiros federais, presidentes de CRECIs, diretores, conselheiros e delegados do CRECISP, do assessor jurídico da entidade, Paulo Hugo Scherer, do coordenador nacional de fiscalização, Claudemir Neves, e do presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva.
O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, abriu os trabalhos e explicou que a ideia surgiu após ter tido conhecimento de reportagens dando conta de que os recursos destinados ao Programa MCMV estavam sendo desviados ou que o subsídio era obtido de maneira indevida. "Foram feitas várias reuniões com a CAIXA e também com o Ministério das Cidades para tratar desse assunto e fechar a questão a respeito de como iríamos proceder."
Segundo Viana, cada Regional terá uma comissão de conselheiros para análise dos processos que forem emitidos, denominados de Pró Casa para diferenciá-los dos demais. "Caso seja constatada alguma fraude envolvendo inscritos, vamos instaurar o processo ético-disciplinar. Se a denúncia envolver pessoa não-inscrita, mas que na nossa ótica deveria ser inscrita, partimos para o processo administrativo. E caso a irregularidade envolva alguém que não seja inscrito e nem esteja obrigado a ser - uma construtora, por exemplo - nós vamos instruir o processo e encaminhar ao Ministério Público e à CAIXA, para as providências cabíveis. Cópias de todos os processos serão enviadas."
João Teodoro reiterou Viana, afirmando que "o objetivo do Sistema Cofeci/CRECIs é fazer com que as ações desenvolvidas junto aos plantões de vendas para o MCMV sejam feitas da melhor maneira possível, sem burla à legislação, sem subterfúgios que possam prejudicar os consumidores. E os fiscais estão prontos para atuar nesse sentido."
Valter Nunes explicou aos agentes todo o funcionamento do MCMV, ressaltando que as fraudes podem se dar no enquadramento do imóvel, na cobrança de valor por fora, e na oferta de cadastramento no programa para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos, por exemplo. Nunes acredita que o trabalho conjunto terá um efeito bastante educativo no segmento. "Quando o mercado sentir que duas principais instituições estão aliadas a coibir qualquer tipo de abuso, acho que o problema vai ser sanado só pelo efeito mobilizador que essa parceria vai ter."
A diretora do Ministério vê com bons olhos o acordo firmado. "Ficamos muito satisfeitos quando vimos a disposição dos Conselhos em atuar nessa área", ressaltou Marta.
Por: José Augusto Viana Neto.
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