segunda-feira, 11 de julho de 2011

Construção programada


O estoque de áreas a serem construídas está ficando cada vez mais comum, podendo ser uma boa alternativa tanto para o proprietário quanto para as incorporadoras. Por meio do land bank (em português, banco de terrenos) é possível garantir a construção futura de empreendimentos programados, ainda mais levando-se em conta o tempo necessário para a análise e aprovação dos projetos. Para o dono do terreno significa facilidade na comercialização.

 Agilidade e rapidez no recebimento do pagamento são outras características positivas do land bank. Além da comodidade de não precisar perder tempo com questões burocráticas, que dizem respeito às documentações e outras medidas necessárias para autenticação do negócio.

Isso porque, ao contar com uma empresa que intermedeia o negócio, é possível ter mais clareza do processo que envolve a negociação, como revela a coordenadora de marketing da Gran Viver Urbanismo, Grazielle Quirino. "A intermediadora no negócio é a que mostra a regra do jogo, como funciona a parceria", diz.

Vice-presidente das incorporadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Evandro Negrão de Lima Júnior reconhece o ganho de tempo no que se refere às questões burocráticas. "Quem tem que se preocupar com aprovação do projeto do empreendimento e com o processo de construção é a construtora.” Mas isso não quer dizer que o dono da área não terá que desembolsar dinheiro, como esclarece Negrão de Lima. "O proprietário do terreno também tem encargos burocráticos, pois tem de apresentar todas as certidões dele e do terreno para a efetivação da venda ou permuta."

Para as construtoras, ainda há outras vantagens em contar com o land bank, segundo o vice-presidente. É que elas podem comprar terrenos mais baratos, "já que será uma compra imediata, para ser lançado no futuro como um produto mais caro."

 A formação de um grande estoque de terrenos também é vista como positiva por Grazielle. "Com essa forma de trabalho, criamos uma margem, pois o processo de legalização da construção pelas prefeituras é moroso."

 Isso permite um trabalho simultâneo, que envolve todos os passos necessários para viabilizar mais de uma construção ao mesmo tempo. "Enquanto estamos construindo um empreendimento, trabalhamos para a liberação da incorporação de outro", diz a coordenadora de marketing.


Fonte: Jornal Estado de Minas/MG

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