segunda-feira, 8 de novembro de 2010

08 de novembro - Dia mundial do Urbanismo

O Urbanismo é um campo do conhecimento considerado como ciência que tem a cidade como principal objeto de estudo. Não deve ser nada fácil cuidar e pensar na arquitetura urbana de cidades grandes e cheias de gente. Paris, a capital da França, conhecida por ser totalmente planejada, muitos falam que a cidade vista de cima parece um sol com raios de luz ao redor.




Dia Mundial do Urbanismo propõe discussão sobre crescimento urbano sustentável.

O grande desafio urbano da sociedade atual é encontrar novos caminhos que gerem desenvolvimento sustentável para as nossas metrópoles. Segundo o arquiteto e urbanista, João Ricardo Magalhães Gonçalves, sócio-diretor da ECCOX Ambiental, diante deste cenário é preciso fazer agora a escolha entre um crescimento desordenado ou um espaço público formatado capaz de absorver o novo contingente. “A falta de um planejamento para condicionar a infraestrutura e o bem-estar da sociedade resultou no que chamamos de caos urbano. Embora tenham visto iniciativas para melhorar o quadro atual, ainda assim, somos bombardeados com poluições de todas as espécies”, alerta João Ricardo. No dia 8 do mês de novembro comemora-se o dia mundial do urbanismo, e não há data melhor para que seja realizada uma discussão acerca do crescimento sustentável e organizado das cidades brasileiras.A data nasceu com o objetivo de discutir melhor o urbanismo, bem como as reais condições de vida da população das cidades. Foi decretada pela Organización Internacional Del dia Mundial del Urbanismo, em 1949, na Argentina, pelo professor Carlos Maria Della Paolera, da Universidade de Buenos Aires. “As cidades do futuro são aqueles que buscarão a auto-suficiência e a valorização de recursos locais que possibilitem, sobretudo, uma harmonia entre os recursos naturais e a qualidade de vida humana. Para haver esta condição é de suma importância equilibrar a produção econômica das cidades com a apropriação e a percepção do espaço urbano por seus habitantes”, reforça João.


Um dos índices de avaliação da qualidade de vida dos cidadãos mundialmente aceito é o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, criado pela ONU para avaliar critérios de expectativa de vida, educação e renda de cada localidade populacional. Embora não tão abrangente este índice é uma boa referência para avaliar as condições das cidades em relação ao que têm ofertado aos seus habitantes.Para que as cidades cheguem a este patamar, enquanto ambiente adequado para os cidadãos e o planeta, o urbanista aponta mudanças em áreas específicas.“Analisando as cinco cidades que mais arrecadam em Minas Gerais, por exemplo, percebemos que elas não figuram entre as com maior IDH, havendo casos de grandes discrepâncias. A qualidade de vida e a sustentabilidade urbana estão muito mais ligadas à forma como a gestão pública distribui o que arrecada e como gera melhores condições de apropriação urbana do que meramente ter grande volume arrecadado”, avalia João Ricardo.O urbanista realizou um estudo baseado no Atlas do Desenvolvimento Humano criado pela Fundação Joao Pinheiro, de Belo Horizonte (MG), com as prestações de contas dos municípios. O resultado identifica em diversos municípios mineiros que arrecadar não significa gerar qualidade de vida. “Não basta repartir o bolo, mas distribuir as fatias de acordo com as necessidades locais”, completa João.
Cidade Sustentável
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1995), para que uma cidade se torne saudável, ela deve proporcionar:
1) Um ambiente físico limpo, seguro e sustentável;
2) Uma cidade acessível e com ampla condição de mobilidade;
3) Transparência e governança na gestão pública;
4) Participação e inclusão social;
5) Necessidades básicas sociais e ambientais satisfeitas;
6) Acesso a experiências, recursos, contatos, interações e comunicações;
7) Economia local diversificada e com inovação com capacitação e uso de mão de obra local;
8) Orgulho e diversidade com valorização da cultura local;
9) Serviços de saúde e educação acessíveis a todos;
10) Alto nível de apropriação dos espaços urbanos.





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