quarta-feira, 6 de abril de 2011

Consórcio de imóveis é alternativa para conquista da casa própria.


O consórcio de imóveis pode ser uma boa saída para quem quer comprar a tão sonhada casa em Ribeirão Preto. Quem participa desse tipo de “compra coletiva” pode ser sorteado com o imóvel antes mesmo de quitar a dívida.

O sistema funciona com um grupo de pessoas que têm em comum o objetivo de investir em imóveis.  Quem quer comprar o primeiro imóvel para sair do aluguel, ou quer morar sozinho, quem vai se casar ou pessoas que queiram investir para ter um imóvel maior ou um segundo para renda extra podem escolher o consórcio.



Os valores de crédito em algumas administradoras de consórcios variam entre R$ 50 mil e R$ 400 mil. Para valores maiores, geralmente é possível abrir duas linhas de crédito. O prazo para o pagamento pode chegar a 200 meses.

Segundo o representante de vendas da empresa de consórcios Rodobens em Ribeirão Preto, Carlos Alberto Silva, o valor médio escolhido pela maioria das pessoas que tem feito consórcio na empresa é de R$ 130 mil. Ele disse que a maior parte dos consorciados da empresa escolhe o prazo de 150 meses para pagar o crédito. Nessas condições, o valor desembolsado pelo comprador é de R$ 866 por mês.

A vendedora Silvana Avila Lára, de 41 anos, já tinha uma casa própria e fez um consórcio para comprar outro imóvel para ter uma renda extra. Ela fez um plano de R$ 65 mil dividido em 120 meses. A consorciada diz que sempre achou esse tipo de compra um bom negócio. No 32º mês de pagamento, a vendedora foi contemplada pelo sistema de sorteio. “Com mais uma reserva particular e a carta de crédito do consórcio comprei uma casa que já estava alugada. Hoje, com esse aluguel eu pago uma parte importante da parcela do consórcio e daqui a sete anos eu quito tudo. Além do patrimônio adquirido, eu terei renda do aluguel do imóvel”, disse.
Silvana é casada e tem dois filhos adolescentes. Ela e o marido sempre tomaram decisões juntos e, na hora de optar pelo consórcio, não foi diferente.  “Inclusive o automóvel que temos foi por meio de consórcio também”, falou.

A formação dos grupos de consórcio é variada, reunindo todas as pessoas que queiram dividir o imóvel pela mesma quantidade de meses. Os sorteios mensais dependem do número de participantes de cada tipo de plano. Por exemplo, um grupo com 600 participantes que optou por dividir o consórcio em 150 meses vai ter quatro contemplações mensais. Uma das contemplações é por sorteio e as outras três por lances.

Os sorteios podem ser feitos pela Loteria Federal, mas é mais comum o uso de um globo giratório.  Os “lances livres”, como são chamados, podem ser feitos quando o consorciado tem um valor a oferecer e antecipa o pagamento de algumas parcelas. Quem oferece o maior valor proporcional ao total da dívida é contemplado. “Toda pessoa, em algum momento da vida, precisa pensar em um imóvel, pelos mais variados motivos. Seja porque quer simplesmente investir, como se fosse uma poupança premiada, ou porque quer sair do aluguel, residencial ou comercial, porque quer se casar ou comprar um imóvel maior ou diferente”, disse Silva.

Para participar de um consórcio, a pessoa deve ser maior de idade e verificar o valor do crédito liberado para o negócio imobiliário que quer (a carta de crédito), além de planejar se o valor das parcelas mensais vai ser compatível com seu orçamento. Na assinatura do contrato o consorciado deve fazer o pagamento relativo à primeira parcela. Esse valor pago antecipadamente já é uma das contribuições mensais do consórcio, de acordo com Silva. “Além das taxas diversas estarem incluídas nessa parcela, o restante é usado para a formação do fundo comum, que é a soma dos valores totais do grupo de consórcio usada para fazer o pagamento dos clientes contemplados no mês”, informou o representante de vendas. Quem pretende ser um consorciado, precisa ficar atento aos detalhes oferecidos pela administradora, como, por exemplo, as taxas, o sistema de sorteios e como vai ser o atendimento antes e depois da contemplação.

Toda a regulamentação e fiscalização são feitas pelo Banco Central, que autoriza as administradoras de consórcios a cobrarem quatro taxas, que podem ou não ser colocadas em prática. Essas taxas são de adesão ou inscrição, que é uma antecipação da taxa de administração para cobertura de custos da administradora. Também há a taxa de administração, que é o valor cobrado para que o cliente seja administrado em seu grupo. O consórcio contrata seguro de vida, que, nos casos de morte ou invalidez permanente ou total, o saldo devedor do consorciado fica quitado. Por último, há a taxa de fundo de reserva, que é o valor cobrado para cobrir casos de inadimplência.

Hoje existem dois meios de parcelamento de crédito para a compra de imóveis: financiamento bancário ou consórcio. A segunda opção sai na frente, porque permite que as pessoas que já têm um imóvel parcelem o pagamento de outros, o que não acontece pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) do governo. “O prazo para o financiamento bancário pode chegar a 30 anos, e aí muitos ficam inseguros devido às incertezas do futuro e da economia”, falou Silva.

FGTS

O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode ser usado nos consórcios somente para a compra do primeiro imóvel. Segundo Silva, a pessoa que tem interesse em usar esse fundo para fazer um consórcio não pode ter nenhum imóvel em seu nome, mas pode usá-lo para construção, no caso de ter um terreno quitado e sem edificação. No caso dos lances, o benefício também pode ser usado. E se o consorciado conquistar o imóvel por sorteio, pode retirar o FGTS para completar a carta de crédito.

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