Com ajuda do Minha Casa, Minha Vida, banco fecha mais de um milhão de contratos em 2010.
Impulsionada pelo programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida), a Caixa Econômica Federal totalizou o recorde de R$ 77,8 bilhões em financiamentos habitacionais em 2010, o que representa um aumento de 57,2% em relação a 2009. Desta quantia, 53% foram destinados às famílias com até seis salários mínimos, segundo balanço divulgado pela empresa.
No ano passado, foram fechados 1.231.250 contratos no País, sendo 660.980 referentes ao MCMV. Em 2008, sem o programa, foram firmados 514.771 contratos, menos da metade dos negócios realizados em 2010. Desde o início da operação do programa, em abril de 2009, 1.005.028 imóveis foram financiados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A região Norte foi a que apresentou a maior alta nas contratações de financiamentos: 141,6% a mais que em 2009; no Nordeste também houve crescimento significativo de 75,7%. Com todos os aumentos, a carteira habitacional da Caixa chegou a R$ 108,3 bilhões de saldo, com alta de 53,6% em comparação ao valor contabilizado em 2009.
A Caixa fechou 2010 com lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, alta de 25,5% ante o ano anterior. O saldo total, considerando todas as operações de crédito, atingiu R$ 175,8 bilhões, com crescimento de 41,3% em 12 meses.
Minha Casa: novas regras são adiadas
Depois das reclamações das construtoras, a Caixa Econômica Federal voltou atrás e decidiu adiar para o começo de julho o cumprimento da norma que exige pavimentação nas ruas dos empreendimentos do programa MCMV.
O banco informou que até 30 de junho estão autorizadas as propostas de financiamentos de imóveis que estejam em ruas sem asfalto.
Mas para o dinheiro ser liberado, a Caixa faz algumas exigências: o imóvel precisa estar situado na malha urbana; deve ter ruas de acesso e de circulação segura e transitável; um técnico do banco precisa confirmar que o imóvel tem qualidade e segurança; os compradores precisam assinar um documento declarando ter ciência da infraestrutura da rua onde pretendem morar; entre outras regras.
A norma que exigia a pavimentação das ruas entrou em vigor no dia 14 de fevereiro, mas, no dia 28 do mesmo mês, a Caixa voltou atrás após reclamações das construtoras. Em Paulista (PE), por exemplo, que tem a maioria das ruas sem pavimentação, mais de 1.500 construções foram paralisadas e os operários demitidos. O presidente da Associação dos Construtores de Paulista, Fernando Sabino Pinho, acredita que, se os empreendimentos forem realizados em ruas pavimentadas, o projeto fica mais caro e não se encaixa no conceito de casa popular.
A partir de 1o julho, a Caixa passa a exigir, entre outras regras, que os imóveis estejam em vias pavimentadas, com solução de drenagem; sistema de abastecimento de água; esgoto; energia elétrica e iluminação pública.
Corte de R$ 5,1 bilhões derruba ações de construtoras
Em algumas construtoras, como a MRV, vendas no âmbito do MCMV atingem 85% do total
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A MRV foi prejudicada porque é umas das principais beneficiadas pelo programa do governo. Só em 2010, as vendas da empresa enquadradas no MCMV representaram 85% do total vendido. Com relação à queda das ações, a construtora disse não se preocupar, pois o mercado já está se estabilizando. Informou ainda que "está confiante em atingir os guidances enviados ao mercado". As ações da Rossi Residencial, Cyrela, Gafisa, Brookfield Incorporações e PDG Realty também tiveram retração.
Antes do corte, a estimativa inicial de investimento era de R$ 12,7 bilhões para o MCMV; agora o programa vai receber R$ 7,6 bilhões. "Os recursos destinados são suficientes para garantir o desembolso necessário para o andamento, em 2011, das obras já contratadas, e o início da segunda etapa, para alcançar a meta de dois milhões de unidades até 2014", explica nota assinada pelos Ministérios do Planejamento e das Cidades.
Estudos revelam vacância mínima em galpões industriais em SP
Pesquisa da Colliers International do Brasil aponta que a taxa de vacância em imóveis industriais fora de condomínios de alto padrão é de apenas 1,2%, nas cidades paulistas de Guarulhos, Osasco, Barueri, Jandira e Itapevi. O índice é considerado baixo em comparação à média nacional, que é de 7,9%. Além da dificuldade em encontrar imóveis vagos, os valores estão entre os mais altos do País, como, por exemplo, na região de Barueri, onde a locação do metro quadrado pode chegar a R$ 30.
Outro levantamento feito pela CB Richard Ellis mostra que a vacância chega a 5,6% nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Vale do Paraíba. O estudo apontou que a demanda por galpões industriais no ano passado foi 30% superior à entrega de novos imóveis. Em 2009, a taxa de vacância foi de 8,8%. O diretor comercial da CB Richard Ellis, Marcos Montandon Júnior, conta que só nos últimos dois meses de 2010, sua empresa fechou a locação de cerca de 100 mil m² de industrial parks.
CURTAS
Crédito para construtoras
O Banco do Brasil vai aumentar as linhas de financiamento imobiliário para construtoras e pessoas jurídicas. Atualmente, 85% do saldo total do financiamento imobiliário são liberados para pessoas físicas e o restante para pessoas jurídicas. O objetivo é elevar a participação desse último segmento para 60% e reduzir o de pessoas físicas para 40%. O banco fechou dezembro com saldo de R$ 3 bilhões na carteira imobiliária e quer dobrar esse número em 2011, além de fechar 100 mil contratos no Programa Minha Casa, Minha Vida.
Há seis anos
A reportagem de capa da edição 45 da revista Construção Mercado, de abril de 2005, questionava a implantação de itens de lazer e entretenimento em condomínios. Na época, eram tratados como itens "da moda" piscinas semiolímpicas, academia, pista de skate, paredes de escalada, sauna, ofurô, espaço gourmet, entre outros. Passados seis anos, esses itens ganharam ainda mais força no mercado com os conceitos de condomínio-clube.
Errata
A reportagem "O que muda na prática" (Construção Mercado 116, mar/2011), sobre a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, contém uma incorreção quando explica a questão patrimonial do CAU. Na verdade, o artigo da lei de criação do Conselho que prevê contratação de auditoria para determinar a parcela do patrimônio do Crea-Confea que caberá ao CAU foi vetado pelo então presidente Lula. Na mensagem ao Senado, a presidência justifica que o artigo não estabeleceu "qualquer critério para a avaliação e a divisão dos ativos e passivos que compõem esse patrimônio".
Fonte: PiniWeb Construção Mercado.
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