Entrevista de Kim Mendes, sócio-diretor da Konkreta concedida para a Redimob.
- Na sua opinião as mudanças que ocorreram dentro do programa Minha Casa Minha Vida eram necessárias? Por que?
R: Acreditamos que o programa precisava de ajustes, mas não no valor do teto para os imóveis. Se pensar apenas no lucro, o imóvel a 130 mil nos dá possibilidade de atingir outro público, com uma renda melhor e quem sabe com uma margem maior, mas como cidadão não acredito que um plano voltado para a baixa renda precise ter esse valor. O que o governo poderia fazer é manter os valores antigos e isentar as construtoras de alguns encargos, como ITBI na hora da compra do imóvel ou conceder descontos no I.R, mas para isso precisaria de vontade política e parceria com os governos municipais. Dessa forma as margens das construtoras se manteriam, não sendo corroídas pela inflação que na construção civil foi muito alta e assim não seria necessário aumentar o teto para os imóveis. Outra idéia é dar benefícios fiscais a empresas que apenas trabalhem com imóveis dentro do programa. Muitas empresas nasceram voltadas a esse nicho, mas outras que nunca quiseram trabalhar com público baixa renda estão apenas surfando no bom momento.
Novamente como cidadão não acho que alguém que compre um imóvel de 130 mil ou 170 em cidades maiores precise de subsídio. Esse comprador poderia ser meu vizinho e eu não me acho no direito de receber subsídio de um programa popular. O que vai acontecer é cada vez mais gente tentando fraudar e encaixar a renda para fazer parte do programa. Como empresário vamos trabalhar para atingir esse novo público e nos enquadrarmos nessas mudanças.
- Acredita que terão certos prejuizos com as novas mudanças ou não influirá?
R: Quando o teto em nosso município, (Palhoça-SC) passou de 80 para 100 mil precisamos fazer alguns ajustes. Os donos de terrenos sabendo do aumento elevaram os valores pedidos, a mão de obra fez a mesma coisa, material de construção idem. Enfim, todos se acharam no direito de lucrar um pouco mais. O grande problema é que 99% de quem compra os nossos imóveis já tem dificuldade de pagar 95, 100 mil. A entrada pedida precisa ser parcelada, pois fica alta ou a renda muitas vezes já não permite o financiamento. Com esse aumento acredito que teremos uma nova onda de alta dos preços, mas que não poderemos repassar aos clientes na sua integralidade, afetando nossa margem de lucratividade. Nosso trabalho para equilibrar essa balança será cada vez mais criar processos que nos permitam reduzir custos, melhorar o tempo de entrega dos empreendimentos e agregar valor na hora da venda.
- Kim, e sobre as mudanças que exigem que as ruas não podem ser de terra. É obrigatório ser asfaltado ou pode ser pavimentado ou com lajotas ?
R: Aqui na região da Grande Florianópolis, segundo conversa com avaliadores da Caixa Econômica, tanto fará ser asfalto ou outro tipo de estrutura. O que mais importa é não ser rua de terra e ter a infraestrutura necessária para uma habitação de qualidade.
Acredito que a mudança é interessante pois forçará os municípios que querem crescer a agilizarem a infraestrutura, o que vai melhorar a qualidade de vida e ajudar a evitar desastres com as chuvas. Só não é correto penalizar quem já começou um empreendimento. A avaliação para os projetos em andamento deveria ser pela data do alvará do projeto e não da entrada do financiamento na Caixa conforme vem acontecendo em diversos casos.
- E essas mudanças vão impactar ou trazer prejuízo para vocês ?
R: Sempre antes de comprarmos um terreno pensamos em quem vai morar, conversamos com os vizinhos sobre o bairro, segurança, problemas com a chuva entre outras coisas. Visitamos o local de manhã e a noite, investimos um tempo para conhecer as facilidades de transporte público e comércio em geral. Isso nos leva a sempre construir em terrenos com a infraestrutura necessária, ou seja, essa mudança não irá afetar em nada nosso planejamento.
Você está procurando um empréstimo comercial, empréstimos pessoais, empréstimos hipotecários, empréstimos para carros, empréstimos estudantis, empréstimos não consolidados para consolidação, financiamento de projetos etc ... Ou simplesmente recusar empréstimos de um banco ou instituição financeira por um ou mais motivos? Somos as soluções certas para crédito! Oferecemos empréstimos a empresas e indivíduos com taxa de juros baixa e acessível de 2%. Portanto, se você estiver interessado em um empréstimo urgente e seguro. Para mais informações, por favor envie um email hoje: Via: Elegantloanfirm@hotmail.com.
ResponderExcluir