terça-feira, 26 de junho de 2012

Construção Civil, TI e Mão de Obra

A questão da falta de mão de obra qualificada para o setor de Tecnologia da Informação é assunto antigo. Para a construção civil, o assunto surgiu na mídia um pouco depois mas também já é sabido e confirmado. As implicações deste problema nos dois setores são parecidas.


Nos últimos anos a construção civil teve um boom. No Brasil todo, novos imóveis residenciais e comerciais foram lançados e vendidos. Os preços dispararam, e as incorporadoras tiveram uma grande valorização na Bolsa de São Paulo há cerca de um ano.

Em algumas regiões nobres de São Paulo, o metro-quadrado chega a passar o valor de Manhattan para salas comerciais.

Como era de se esperar, o efeito cascata fez com que se precisasse de mais mão-de-obra, como serventes, mestres de obra, assistentes, pedreiros, pintores, etc. A maior demanda por serviços deste tipo fez os preços crescerem e a oferta não deu conta. Resultado: os preços dos imóveis dispararam, as incorporadoras atrasaram as obras, tiveram queda na bolsa e ficaram em ressaca.

Na TI o problema se alastra há anos, porém numa curva mais suave, o que faz com que os impactos negativos não ocorram de uma hora para a outra. A disparidade entre oferta e demanda existe e fez com que os salários aumentem, porém o setor vive um "desequilíbrio equilibrado".

Os projetos existem, atrasam, porém a maioria é entregue. O que fazer para melhorar as condições de mão-de-obra do setor é vasto assunto discutido em reuniões das associações.

Um caminho para amenizar o problema

Voltando à construção civil, alguns analistas avaliam que estamos numa bolha imobiliária e prevêem o estouro em breve, podendo deixar investidores do mercado imobiliário com fortes prejuízos, incorporadoras com obras inacabadas e futuros moradores frustrados. Um reforço para esta hipótese é a queda na taxa de juros, que por tabela diminui o juros para compra de imóvel, alarga o crédito imobiliário e relaxa a análise de crédito dos compradores (lembram do sub-prime americano?).

Antes que, como na construção civil, a bolha de recursos humanos da TI estoure, o setor precisa agir. Temos um grande potencial de crescimento, e todo este potencial não é utilizado, se colocando a culpa na falta de mão-de-obra. Mas há outro fator que pode contribuir (e muito) para amenizar o problema: a produtividade. Este indicador avalia a taxa de entrega por profissional. Estando limitados pela quantidade de profissinais disponíveis, deve-se investir fortemente neste quesito.

Fonte: Redimob

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