Projetos de iluminação permitem a moradores mudarem as cenas do ambiente conforme a atividade desenvolvida nele.
Um abajur aqui e um lustre ali até são suficientes para iluminar um ambiente. Existem profissionais, no entanto, que fazem projetos individualizados para cada cliente. Assim, o morador tem diversas opções de luz, que criam cenas pensadas para formas diferentes de uso de um mesmo cômodo.
“As pessoas vivem momentos diferentes no mesmo lugar, e cada atividade merece uma iluminação própria”, explica a arquiteta Ludmyla Leôncio, da Light Design. Até por isso, ela diz que é muito importante ouvir os moradores para conhecer suas necessidades. “Não adianta também vir com uma planta, pois é preciso ir ao local, olhar onde ficam as coisas, sentir o espaço”, completa.
Diogo Moreira, diretor executivo da Candela Iluminação, conta que, depois da conversa, escolhe os equipamentos levando em conta a função e a estética. O projeto é, então, criado em computador, levado à obra e instalado. Por fim, moradores e arquitetos definem os direcionamentos das luzes e as combinações em que serão acesas para os diversos momentos.
A sala é um dos cômodos mais frequentados de uma residência. Para o jantar, segundo Moreira, usa-se uma cena mais dramática. Nesse caso, a iluminação é feita com lâmpadas halógenas, que têm uma tonalidade amarelada e dão sensação de conforto. O foco bem definido, por sua vez, cria sombras que definem volumes e fazem o tal efeito dramático. Para ver televisão, no entanto, a cena pede menos claridade. Ludmyla Leôncio recomenda que não haja uma luz em cima do aparelho, o que atrapalha a visão. A leitura, por outro lado, demanda iluminação direcionada.
Cozinhas americanas ou integradas ao ambiente e varandas gourmet também têm instalações diferenciadas. Para o dia a dia, cabe uma iluminação mais funcional, usando lâmpadas brancas. Já para receber pessoas, ligam-se as halógenas para criar mais efeitos, como no caso da sala. Ludmyla Leôncio destaca ainda, que, na cozinha, dá para fazer uma cena com pouca luz, para quando a pessoa acorda de madrugada e busca algo lá.
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O banheiro, por sua vez, não tem segredo, segundo a arquiteta. “Há uma iluminação geral, e outra mais propícia para fazer maquiagem ou barba.” Ela lembra, ainda, que a banheira pode receber luzes de cromoterapia.
As lâmpadas de LED tornaram-se populares. Moreira diz que elas consomem menos energia que as normais, mas custam mais caro. A economia só se justificaria com um uso intenso, de cerca de 12 horas diárias. Ainda assim, elas têm vantagens. “O LED não emite calor, o que é ótimo para lugares quentes, e também são ideais para iluminar quadros e móveis antigos, pois não emitem raios infravermelho nem ultravioleta, que danificam esses objetos”, explica Moreira.
Por fim, Ludmyla Leôncio alerta que não adianta nada fazer todas as instalações se os moradores não souberem criar as cenas para cada momento. Parece trabalhoso? Para Moreira, vale o esforço. “Na nossa vida, a gente tem controle sobre tudo, mas, na iluminação, só havia ligar e desligar. Agora, o usuário também comanda as luzes de casa.”
Fonte: Redimob
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